O V Simpósio Internacional em História Contemporânea: Soberania, Relações de Poder e Propriedades tem como objetivo central promover a continuidade dos debates que foram iniciados e consolidados nas quatro edições já realizadas. Se no primeiro Simpósio nos propusemos a repensar a sociedade brasileira contemporânea, especialmente no que se refere ao processo de consolidação, institucionalização e rupturas das ditaduras contemporâneas, nas três edições seguintes nos voltamos para temas específicos, a saber: propriedade e políticas públicas, os conflitos e revoluções no século XX e as perspectivas de ensino e pesquisa no Brasil e América. Agora, em sua quinta edição, o Simpósio será dedicado à temáticas que são consideradas centrais para o entendimento do mundo contemporâneo: soberania, relações de poder e propriedades.

O Simpósio estrutura-se a partir de simpósios temáticos (10), minicursos (10), mesas-redondas (7) e conferências (3), organizados a partir temáticas básicas da contemporaneidade, como as discussões em torno da soberania, relações de poder e propriedades. Destaca-se a originalidade de uma discussão acadêmica sobre tais temáticas no âmbito do Departamento de História da Universidade Estadual do Maranhão e a importância da consolidação de parcerias com outras Instituições – nacionais e internacionais – de Ensino e Pesquisa que podem proporcionar aos alunos de graduação e pós-graduação o acesso às investigações desenvolvidas por renomados pesquisadores. Cabe destacar, ainda, que o V Simpósio segue o processo de consolidação do papel desempenhado pelo NUPEHIC como um importante polo de pesquisa sobre a História Contemporânea Brasileira, projetando nacional e internacionalmente as pesquisas em andamento no Núcleo pelos alunos de graduação e de pós-graduação.

V SIMPÓSIO INTERNACIONAL EM HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA

SOBERANIA, RELAÇÕES DE PODER E PROPRIEDADES

• 1) Apresentação de Trabalhos em Simpósio Temático:
  Inscrições: 20/07/2018 a 31/08/2018
  Resultado das inscrições: até 03/09
  Pagamento: até 04/09
  Envio da carta de aceite: até 05/09
  Envio do texto completo para publicação em anais do evento: até 24/09/2018
• 2) Participação em Minicurso:
  Inscrições: 20/07 a 11/09
  Pagamento: 20/07 a 11/09
• 3) Ouvinte:
  Inscrições: 20/07 a 11/09
  Pagamento: 20/07 a 11/09

ST1 – MODERNIDADE E CONSERVADORISMO

Dr. Victor de O. P. Coelho – UFMA (LCH/CCHNST e PPGHIS)
O ST tem como proposta reunir trabalhos que tenham como tema central o conservadorismo, especialmente em suas formas desenvolvidas no entreguerras, ou seja, os fascismos. Temos em vista dois eixos que podem nortear os trabalhos: a) estudos sobre o fascismo em diálogo com as questões de época, especialmente os problemas da modernidade, modernismo e suas questões correlatas – o problema da técnica, o surgimento da sociedade de massas, a democratização; b) estudos comparados que tenham foco na história do tempo presente ou que remontem às raízes do conservadorismo, no bojo da Revolução Francesa. Em ambos os casos, é valorizada a perspectiva da história intelectual.

ST2- PROPRIEDADE, HABITAÇÃO E DIREITO À CIDADE: FAVELAS, SUBÚRBIOS, PERIFERIAS E ASSENTAMENTOS INFORMAIS NO BRASIL

Dr. Mauro Amoroso (FEBF/UERJ) e Dr. Rafael Soares Gonçalves (PUC-Rio)
A habitação nas cidades brasileiras assume formas distintas no espaço e no tempo. Nessa perspectiva, a questão da propriedade se envereda pelo debate sobre ferramentas e formas de busca de inserção e apropriação, observando-se a complexidade desta categoria, de espaços. Sendo assim, o enfoque proposto neste simpósio é a aproximação historiográfica com temas abordados por outras disciplinas das ciências humanas, mas que tratem o tempo e a historicidade nas diversas formas de habitar as cidades, privilegiando aqui as formas consideradas ilegais e/ou irregulares por diversos atores, como seus moradores e o Estado, por exemplo.
Esses diversos atores, ao lidarem com essas ‘formas de habitar a cidade’, ora combatendo, ora tolerando, são elementos que constroem histórica e socialmente um determinado tipo de habitação ou local (subúrbio, favelas, periferia). Por outro lado, estruturam seus moradores como atores em lutas pelo direito à cidade, com aspectos políticos, culturais e sociais específicos, dentro do que Michel de Certeau (1984) chama de ‘murmúrio da sociedade’, ao analisar as representações que as pessoas fazem do espaço em que habitam e como estabelecem relações com este no seu cotidiano. Assim, o propósito do simpósio é reunir análises historiográficas de processos correlatos, ou seja, formas de moradias consideradas irregulares, informais, quase sempre ‘marginalizadas’, mas que guardam relevantes diferenças entre si a partir de processos históricos distintos. Nesse viés, se refletirá sobre como a propriedade pode ser entendida como um caminho de acesso a bens materiais e simbólicos na perspectiva do direito à cidade.

ST3 – PROPRIEDADE TERRITORIAL EM UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

Drª Marina Machado (UERJ) e Dr. Márcio Both (UNIOESTE)
O Simpósio Temático objetiva discutir os fundamentos e a dinâmica de consolidação da propriedade individual a partir do século XVIII até a atualidade e os embates entre posse e propriedade subsequentes. Propõe-se aqui refletir sobre a história do direito à terra, as construções históricas de noções de legal e ilegal em sua relação com o processo de ocupação de um lugar. Parte-se aqui do pressuposto que as novas pesquisas acerca das experiências históricas dos pobres do campo e da dinâmica de incorporação de terras iluminam o debate sobre algumas das questões que fundamentam novas pesquisas em história agrária (ou história social da agricultura). Privilegiaremos também os trabalhos que investigam a política agrária estabelecida em determinada conjuntura para deslindar os jogos de força que se instauram para garantir uma dada concepção de propriedade em prejuízo de outra. Por conseguinte, serão bem-vindas as pesquisas voltadas para a história dos projetos de reformulação fundiária/reforma agrária, tendo como base as legislações agrárias e as Cartas Magnas do(s) país(es). Em um intenso esforço de recuperação de suas principais marcas interpretativas, à luz das novas questões suscitadas pelo entendimento do processo de constituição das noções de posse, propriedade e direito à terra.

ST4 – ÁFRICA CONTEMPORÂNEA: OLHARES EM PERSPECTIVAS

Doutoranda Aldina da Silva Melo (PPGPP/UFMA)
A contemporaneidade tem sido marcada por uma série de acontecimentos que têm atingido, com intencionalidades diferentes, o Sul Global e ameaçado o Estado Democrático de Direito. São acontecimentos que têm levado toda uma comunidade de historiadores a repensarem e refletirem sobre o métier historiográfico e sobre as alternativas para enfrentamento aos desmontes de direitos sociais historicamente conquistados. Em África, por exemplo, um leque bem amplo de acontecimentos tem marcado diferentes regiões daquele continente. Assim, buscando reunir produções que tomam o Sul Global como lócus de pesquisa e de produção do conhecimento, este simpósio temático, a exemplo de outras ações do Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão sobre África e o Sul Global (NEÁFRICA-UEMA/UFMA), tem como objetivo agregar e comunicar resultados de pesquisas, em andamento ou conclusas, que têm como campo de análise a África Contemporânea. Deste modo, serão bem-vindos trabalhos que pensam África Contemporânea a partir de diferentes chaves analíticas: Nação, Estado e Políticas Públicas, Democracias, Educação, Cultura, Gênero, Movimentos Sociais Cinema e Literatura.

ST5 – O SÉCULO DA MALDADE: GUERRAS E GENOCÍDIOS NA EUROPA CONTEMPORÂNEA

Dr. Fábio Henrique Monteiro Silva (PPGHIST/UEMA)
O século XX sempre será lembrado pela sucessão de guerras e genocídios. É o emblema da maldade, um legado atravessado pela condição de viver em uma sociedade incivilizada, cuja aurora do novo milênio não conseguiu pôr fim. O colapso da civilização, como concebeu a historiografia, será o alicerce a ser tratado na nossa construção do saber. Desse modo, nosso Simpósio Temático objetiva reunir pesquisas para que sejam fomentados acalorados debates acerca dessa jornada rumo à barbárie – guerras, ataques terroristas e genocídios são apenas alguns dos elementos contribuintes para discutirmos como aprendemos a tolerar o intolerável.

ST6 – CULTURA, POLÍTICA E IDENTIDADE NAS AMÉRICAS (Séculos XIX e XX)

Dra. Carine Dalmás (NEHA/PPGHIST/UEMA)
O ST pretende contribuir para a divulgação e debate de pesquisas que abordem temas da História das Américas. Privilegiaremos propostas diversificadas, mas estruturadas a partir de problemáticas, métodos e documentação originais em estreito diálogo com as perspectivas da história política renovada. Inserem-se nessa perspectiva estudos sobre a produção cultural, as culturas políticas, a circulação de ideias e o ensino de história das Américas.

ST7 – OS USOS DA MEMÓRIA E A HISTÓRIA ENSINADA: ENTRE IDENTIDADES, PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES

Dra. Ana Lívia Bomfim (PPGHIST/UEMA)
Este Simpósio Temático tem como proposta discutir sobre as relações existentes entre os conceitos de memória, identidades e o Ensino de História. Estas relações, embora bastante debatidas no que tange à produção historiográfica, ainda são pouco problematizadas no campo da História ensinada. Esta perspectiva reforça a concepção ainda bastante frequente de que a História ensinada e a História vivida são a mesma coisa. Desta forma, objetivamos colocar em pauta estas questões a partir de comunicações que refletirão sobre a complexa relação entre o vivido, o conhecimento produzido em bases científicas, as percepções e representações sobre o passado, a memória e as identidades forjadas no passado e reforçadas ou desconstruídas no presente.

ST8 – HISTÓRIA, LITERATURA E FILOSOFIA: PODER, CULTURA E SOCIEDADE

Dr. Henrique Borralho (PPGHIST/ UEMA), Dr. Francisco Valdério (UEMA) e Mestre Liana Márcia Gonçalves Mafra (IFMA)
A proposta deste simpósio consiste num entrecruzamento de informações, possibilidades de análises, conjunções teóricas que possibilitem a melhor compreensão sobre a tessitura social, sem desprezar a perspectiva da verossimilhança presente na literatura e da reflexividade filosófica, ampliando a concepção sobre a noção de verdade presente na investigação histórica. Os trabalhos deste Simpósio, presentes na fronteira entre os conhecimentos, pretendem abordam os campos referenciais presentes nas áreas em questão, visando uma melhor compreensão de como se tecem as relações entre poder, cultura e sociedade e como suas epistemologias, por vezes entrecruzadas, ampliam o desvelamento de tais questões, tão importantes no desdobramento das questões cotidianas. Desta feita, Poder, cultura e sociedade são questões centrais das três áreas em tela, estão no cerne de suas problemáticas e compõe o quadro de suas problematizações.

ST9 – AUTORITARISMO E DEMOCRACIA: HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA

Drª Monica Piccolo (PPGHIST/UEMA)
O objetivo central desse Simpósio Temático é reunir pesquisas que tenham como objeto de investigação temáticas diretamente relacionadas aos processos de instauração, consolidação, institucionalização e crise das Ditaduras Contemporâneas. Amplo tem sido o espaço conferido à Ditadura brasileira. No entanto, trabalhos que versem sobre as Ditaduras latino-americanas e europeias também serão bem vindos, uma vez que fomentar o diálogo entre os pesquisadores que tratem de realidades históricas distintas em muito poderá contribuir para o aprofundamento dos debates e das pesquisas. A amplitude dos marcos cronológicos possibilita que sejam aceitos trabalhos relacionados não só à própria dinâmica dos regimes ditatoriais, e a seus respectivos processos de crise, como também aqueles que se referem aos regimes institucionalizados posteriormente, destacando, assim, suas rupturas e continuidades diante das Ditaduras pregressas.

ST10 – TERRA, TRABALHO, MIGRAÇÕES E MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

Dr. Isaac Giribet Bernat (UEMA), Dra Márcia Milena Galdez Ferreira (PPGHIST/UEMA) e Dr. Savio José Dias Rodrigues (UFMA)
Buscamos abordar as transformações no mundo do trabalho no Brasil, especialmente no campo, desde a década de 1960 até a contemporaneidade, a partir de abordagens sincrônicas e diacrônicas, nos domínios da História, da Geografia e das Ciências Sociais e Agrárias. Visamos englobar pesquisas que abordem tais questões a partir da atuação do Estado, de instituições políticas e dos agentes sociais e movimentos sociais mais diretamente envolvidos em processos de conflitos e disputas, territoriais, bem como, processos sociais tais como as migrações. Interessa discutir as ações e reações de grupos de camponeses, quebradeiras de coco, quilombolas, populações tradicionais diversas, grileiros, migrantes, etc, assim como condições de precarização do trabalho no campo e a reprodução do trabalho escravo contemporâneo. Assim, a atuação do Estado, entidades civis, membros da CPT e agentes pastorais, CEBs, ACR, MST, dentre outras organizações é importante para problematizar a produção de territorialidades, identidades, deslocamentos e estratégias políticas a partir da legislação, da experiência e da memória de comunidades, agentes e entidades.

MC1 – HISTÓRIA AGRÁRIA CONTEMPORÂNEA: DISTINTAS PERSPECTIVAS DE ANÁLISE DO MUNDO RURAL

Ma. Mariana da Sulidade (PPGHIST/UEMA)
O presente minicurso tem como objetivo discutir aspectos e possibilidades de pesquisa da História Agrária na Contemporaneidade partindo das reflexões de inserção desse tema na historiografia a partir da década de 1960. Também serão objeto de reflexão as variantes interpretações e abordagens sobre o mundo rural maranhense contemporâneo, como os fundamentos das políticas públicas maranhenses entre 1968 e 1970 voltadas para a agricultura. Tendo como foco os encaminhamentos para a Questão Agrária procuramos identificar as especificidades da questão agrária maranhense na relação Estado, terra e poder.

MC2 – IMPEACHMENT NA NOVA REPÚBLICA: ANÁLISE DOS CASOS FERNANDO COLLOR E DILMA ROUSSEFF

Mestranda Joyce Cristine Lopes (PPGHIST/UEMA)
O minicurso pretende discutir o impedimento de Fernando Collor e Dilma Rousseff por acreditar na importância de se entender como ocorreu o processo de impeachment nos dois casos, já que o afastamento dos presidentes esteve entre os assuntos mais comentados nos veículos de comunicação e desencadeou profundas transformações no cenário político nacional. Nessa perspectiva, a democracia brasileira, que foi construída ao longo dos anos pós Ditadura Empresarial Militar, se vê instável e passa mais uma vez por um momento de redemocratização. Nesse sentido, pretende-se abranger a conjuntura política brasileira nos casos de impeachment apontando as diferenças existentes nos dois processos, dando destaque para o papel da mídia, bem como das redes sociais nos processos políticos democráticos do país.

MC3 – A BALAIADA: HISTORIOGRAFIA E ENSINO

Me Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus (PPGHIST/UEMA)
Historicamente, as interpretações sobre a Balaiada reforçaram a perspectiva de que os balaios eram baderneiros, ladrões, bandidos, fadados ao mundo do crime. Novas pesquisas, todavia, ressignificaram a Balaiada e passaram a caracterizar as ações dos balaios como formas de protesto contra a exclusão dos processos políticos e os maus tratos recebidos de seus governantes. Dessa maneira, temos por finalidade apresentar os fundamentos dessa nova Historiografia e, ao mesmo tempo, aproximar as discussões acadêmicas com o Ensino de História por meio da análise das abordagens que a mais importante revolta social do Maranhão do século XIX tem recebido nos livros didáticos adotados nas mais importantes escolas de São Luís.

MC4 – DITADURA BRASILEIRA EM ANÁLISE: HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA

Doutorando Werbeth Serejo Belo (CEIS 20 – Universidade de Coimbra)
O presente minicurso tem como tema de investigação a relação entre Estado e sociedade no período do regime que se instaura no Brasil a partir de 1964. Como estratégia de análise será realizada discussão historiográfica tomando como fundamento duas questões centrais: a caracterização do golpe e do próprio regime instaurado com a deposição de Goulart. Também serão objeto de análise as principais medidas adotadas pelos governos militares com o objetivo de perceber os principais fundamentos deste regime autoritário, principalmente no que se refere aos aparelhos de repressão.

MC5 – ABERTURA POLÍTICA BRASILEIRA EM FOCO: UMA DEMOCRACIA ADJETIVADA?

Doutorando Leonardo Leal Chaves (CEIS 20/Universidade de Coimbra)
O presente minicurso se propõe a analisar o processo da transição política brasileira, iniciado com o projeto Geisel-Golbery, na década 1970. Serão destacados os embates em torno dos rumos da Abertura, com a anulação dos Atos Institucionais, o fim do bipartidarismo e a aprovação da Lei de Anistia, enfatizando o modelo de democracia que então se consolidou, bem como a atuação dos mecanismos de Justiça de Transição no Brasil.

MC6 – STALINISMO, FASCISMO E NAZISMO: UMA ANÁLISE HISTÓRICA E HISTORIOGRÁFICA DOS REGIMES TOTALITÁRIOS

Doutoranda Priscilla Piccolo Neves (CEIS 20/Universidade de Coimbra)
O presente minicurso tem como tema de investigação a relação entre os três principais regimes totalitários que assolaram a Europa nos anos de 1920 a meados de 1950. Usando como principal arcabouço teórico as investigações de Hannah Arendt, o curso se voltara para a exposição acerca da importância do estudo deste tema para atualidade. Como estratégia de análise, será realizada discussão historiográfica e análise das principais medidas adotadas por estes governos com o objetivo de perceber os principais fundamentos destes regimes autoritários e suas estratégias de propagação e popularização.

MC7 – CORPO PERFORMÁTICO, AUTORIA E HISTÓRIA

Drª Beatriz Cerbino (UFF) e Dr. Leandro Mendonça (UFF)
O minicurso abordará como as propostas artísticas e percepções acerca do corpo performático se transformaram ao longo do tempo, especificamente no século XX, utilizando para isso um arcabouço teórico multidisciplinar, que leve em conta aspectos variados das áreas das artes, da história e do debate atual sobre autoria. Além das aproximações entre os estudos da dança, os estudos da performance e a disciplina História, também serão utilizados trabalhos do campo do Direito a fim de nortear tais debates. O desenvolvimento das aulas se dará em torno de três eixos: o corpo que dança/performa como fonte histórica para o estudo de objetos diversos; o corpo que dança/performa como objeto; o corpo que dança/performa e sua autoria, o corpo que dança/performa como objeto instrumental político.

MC8 – HISTÓRIA, LINGUAGENS E ENSINO: TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA DA ACADEMIA À ESCOLA

Me. Adriano Negreiros da Silva e Me. Manoel Afonso Ferreira Cunha
Provocar lugares comuns, gerar conflitos internos, mexer nas inconsciências cristalizadas e rotulações sobre a História e o Ensino de História é o propósito fundamental. A elaboração, análise e aplicação da produção de conhecimentos sobre o passado têm dimensões difusas e que necessitam ser conveniadas à prática de ensino-aprendizagem de História num viés transversal, interdisciplinar e reflexivo, principalmente, no que diz respeito ao enfrentamento de um modelo de formação utilitária por meio de parâmetros educacionais humanos e cidadãos.

MC9 – DISPUTAS POLÍTICAS NO MARANHÃO CONTEMPORÂNEO: O CASO DO SARNEÍSMO

Mestranda Raíssa Caroline Macau Mendes (PPGHIST/UEMA)
A contemporaneidade tem singularidades importantes no contexto histórico e nas perspectivas de desenvolvimento em torno da complexidade dos fatores que levaram para muitas mudanças significativas nos séculos XX e XXI, ou seja, as disputas por um poderio mundial e ideologias políticas hegemônicas. O presente minicurso tem como objetivo apresentar as disputas políticas no Maranhão Contemporâneo, destacando o caso do sarneísmo. Sendo assim, as principais discussões estarão em torno dos projetos postos em execução ao longo do período sarneísta no Maranhão (1965-1970).

MC10 – SEXUALIDADES DIVERGENTES EM TEMPOS DE DITADURA

Mestrando Jefferson Maciel Lira (PPGHIS-UFMA)
A ditadura inaugurada em 1964 foi uma integração da esfera militar e civil que ditou, para ambos , diretrizes e ordenamentos morais que deveriam ser adotados por todos. Nesse sentido, indivíduos que possuíssem comportamentos destoantes da ordem, da moral e dos costumes vigentes sofreriam serias consequências, de ordem física, moral, social e ideológica. Dessa forma, enfatizaremos a perseguição aos homossexuais tendo como fontes jornais da época que contribuíram para a legitimação simbólica da repressão aos indivíduos homossexuais durante a ditadura militar no Maranhão. Assim, o minicurso terá como eixos a discussão sobre ditadura e sua estrutura na esfera civil, com foco na imprensa, e a homossexualidade como expressão da sexualidade e um comportamento desviante, diante da moral instaurada por meio de diversos discursos, como da imprensa, igreja, escola e do próprio regime autoritário.

Sugestões de hotéis e pousadas para hospedagem durante o evento:

Núcleo de Pesquisa em História Contemporânea
UEMA – Prédio de História – Pós-Graduação
Rua da Estrela, nº 329, 2º andar – Centro Histórico (Reviver)
E-mail: secretaria@nupehic.net.br

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